Time de Deus

Quem somos?

Somos uma comunidade de discípulos de Jesus Cristo, buscando sempre mais e mais aprender e fazer como Ele.

Nossa missão

Viver de acordo com o evangelho do Reino de Deus, anunciando e ensinando o que Jesus Cristo ordenou.

AGENDA

Domigo: Escola Bíblica às 9:00h Culto Vespertino 19:00h
Quarta-feira: Reunião de oração 20:00h
Sexta-feira: Estudo Bíblico nos lares 20:00h

Endereço

Av. Emília Pedro Boscolo, 55 Jd. Santa Clara - Sumaré-SP



(19) 9121 9758



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sábado, 9 de outubro de 2010

Os Cinco Solas da Reforma

Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria
por
Declaração de Cambridge



SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade
Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.
Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.
A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.
A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.
Tese 1: Sola Scriptura
Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.

SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo

À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.
Tese 2: Solus Christus
Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiverem sendo invocada.

SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho

A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.
Tese 3: Sola Gratia
Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.

SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial

A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.
Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos na verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.
Tese 4: Sola Fide
Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.

SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus

Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.
Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.
Tese 5: Soli Deo Gloria
Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.

Fonte: www.monergismo.com

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A vida

“Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente.”
Gênesis 2. 7

O plano de Deus para a criação sempre foi a vida. Afinal, a idéia de criar é inequivocamente sinônima de vida. E tudo o que Deus criou era bom. Foi essa conclusão que chegou quando viu a obra finalizada. Mas pra tudo ficar perfeito e maravilhoso, Deus colocou uma condição especial no homem: o livre-arbítrio. Esse fator era essencial para uma coisa: Deixar o homem livre para apreciar as coisas criadas e isso o levaria a adorar a Deus na beleza da sua grandeza. Mas essa liberdade também deu a possibilidade do homem não adorar a Deus e na sua natureza (sem pecado ainda) ser tentado a achar que poderia entender o Criador (e sereis conhecedores do bem e do mal assim como Deus).
Os resultados sabemos todos quais foram. A separação, a perda do contato, o absoluto desconhecimento da vontade de Deus e isso nos fez perder ainda mais a capacidade de tentar entender esse Deus que nos criou para adorá-lo na beleza da Sua grandeza. E essa falta de intimidade com as coisas divinas ou os pensamentos de Deus nos leva a frustrações enormes. Como responder a pergunta de uma mãe que acabou de perder uma filha de 11 anos. A morte é o resultado da desobediência do homem a Deus. Deus nos criou para a vida e não para a morte. Mas Ele também nos dá a Sua Palavra para nos consolar. E o consolo maior que ela pode nos dar é que existe vida além da morte. E essa vida é dada por aquele que venceu a morte: Jesus Cristo, e para termos essa vida temos que crer n’Ele como o Salvador. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” João 3: 16.
Rev. Luís Fernando Dias

Batalha espiritual

“porque nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”
Efésios 6. 12

Muito já se falou sobre batalha espiritual e muita coisa foi exagerada, distorcida propositalmente e mistificada abusivamente. Creio que isso foi até usado pelo nosso inimigo (satanás) como estratégia na sua luta contra nós. Alguns dos resultados que vivemos hoje é que alguns, rejeitando todo esse cenário tenebroso de batalha espiritual, deixaram de acreditar no próprio mundo espiritual e na sua influência em nossas vidas. Outros penderam para o lado oposto creditando todos os acontecimentos bons ou ruins a uma dimensão espiritual se eximindo de qualquer culpa ou responsabilidade. Os extremos são ruins. Não nos permitem buscar uma preparação adequada para essa luta. A dimensão espiritual é uma realidade (se assim não fosse, o que é que nós estamos fazendo dentro de uma igreja?), e exige que nós que somos espirituais (I Co 2.15), conheçamos essa realidade e nos preparemos para uma verdadeira batalha como o apóstolo Paulo narra em efésios 6.
Desânimo, desavenças e invejas são obras da carne (Gálatas 5: 16-26) e militam contra a nossa espiritualidade e a da igreja. “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” Gl 5 25.
Rev. Luís Fernando Dias

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mentes organizam, corações mobilizam!

Geovane Porto

Algumas igrejas destacam-se por possuírem características muito peculiares. Muitas delas direcionam todos os seus esforços para manterem sua membresia. As programações visam apenas o bem-estar de seus membros, que a cada dia vão se tornando comodistas inveterados. Por isso, a preocupação de sua liderança é se o culto vai agradar. Se ele não agrada, a solução é mudar a liturgia, o estilo de música, os músicos ou até mesmo o pastor. Caso contrário, correm o sério risco de perder a tão protegida membresia. O mais interessante é que igrejas assim não se preocupam com os de fora; a prioridade é manter a máquina funcionando. Outras, no entanto, buscam caminhos diferentes: seus programas e estratégias visam o alcance de novos membros. Porém, o interesse está naquilo que eles têm a oferecer. A força motriz não é o “ide” de Mateus 28.19, e sim o tilintar da moeda em seus gazofilácios. Os modelos ora citados criam dois tipos de “crentes-consumidores”: os eclesiásticos e os decepcionados. Os eclesiásticos são os que sugam da igreja; pessoas que não vivem sem ela. Em sua grande maioria, são frequentadores assíduos de suas atividades. Cantam em conjuntos e até fazem parte de algum departamento que lhes possa interessar. Mas o que os move é a busca pela satisfação pessoal. Já os consumidores decepcionados, com o tempo descobrem que adquiriram um produto que não satisfará para sempre as suas necessidades. Decepcionam-se com a igreja e, consequentemente, se afastam de Deus.O que os dois tipos têm em comum? Programas e estratégias. Logicamente, para que elas se tornem atividades efetivas são necessárias mentes para organizá-las. Qualquer pastor que se preze falaria com orgulho se em sua igreja existissem tais mentes. Pessoas capazes, bem preparadas física e psicologicamente, instruídas, aptas a ensinar. Gente inserida na comunidade, com visão e percepção das tendências socioculturais. O problema é que se tudo isso existir sem amor, não há valor algum! Programas, estratégias, grupos pequenos ou grandes, ministérios, departamentos... seriam como címbalos retumbantes. O maior de todos os valores do evangelho é a transformação de pessoas. Quando Jesus curava um aleijado, ele finalmente podia ir para casa. Aleijados não frequentavam lugares de gente saudável (como igrejas, por exemplo). Jesus, além de curar, transformava a realidade de todos. Podemos ter os melhores planejamentos estratégicos, mas se não proclamarmos um evangelho transformador, significa que não entendemos nada do que Cristo nos mandou fazer. E então, corremos o risco de fazer parte de uma das igrejas descritas no início. Por isto, relembro a frase-título desta reflexão: “Mentes organizam, corações mobilizam!”. As mentes são necessárias para a organização de nossas dinâmicas ministeriais. No entanto, corações sensíveis mobilizam pessoas a se renderem ao Senhor Jesus.Que Deus nos ensine a colocar mentes e corações ao seu dispor.
Geovane Porto é pastor de juventude da Igreja Presbiteriana de Campinas.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

como vivem os convertidos


“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.”
Atos 2: 42

O ideal às vezes não é atingível. Coisas que idealizamos podem não ser possíveis de se alcançar e se são, não são fáceis de fazê-los. Exigem muito esforço, concentração, objetivos claros e principalmente em curto espaço de tempo algo palpável para incentivo do grupo. Creio que a vida comunitária seja um desses ideais difíceis de serem alcançados na plenitude, mas não impossíveis de se realizarem. Ouvi certa vez de um pastor que o sonho dele para a igreja que ele estava começando era de ter uma igreja de uns cem membros no máximo, onde todos se conheceriam e teriam uma boa amizade e seus filhos cresceriam juntos de uma forma saudável e quem sabe até casariam entre si. Esse era o ideal dele. Deu certo até certo ponto. Mas quando a igreja atingiu o número pretendido, foi impossível manter o que se tinha imaginado, pois os que ali congregavam estavam tão felizes que não mantinham o segredo da sua felicidade e contavam pros parentes e amigos e colegas de trabalho o que acontecia na sua vida comunitária na igreja e que isso os abençoava e os levava a um estado de felicidade tal que era muito bom estudar a bíblia e tentar viver como Deus os estava ensinando e que tinham um prazer muito grande em estarem juntos com os outros irmãos e que se encontravam com freqüência para fazerem pic-nics e almoços comunitários e jantares em família e que isso os levava a uma fé comunitária que se traduzia em encontros para orarem uns pelos outros e assim as pessoas que ouviam essas histórias se interessavam em ver como era isso e iam pra igreja e o resultado é que essa igreja tem mais de mil pessoas por domingo indo aos seus cultos em pouco mais de seis anos de vida comunitária.
Qual é o sonho da nossa igreja? Qual é o nosso sonho? E o que nós estamos fazendo para alcançar o que temos sonhado?
Eu sonho com uma igreja que persevere na doutrina dos apóstolos (Bíblia) e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
Rev. Luís Fernando Dias

terça-feira, 25 de maio de 2010

conceito e preconceito

Um professor do Ensino Médio me relatou um fato que lhe ocorreu. Dois de seus alunos assistiam a um vídeo no Youtube. A imagem e a voz eram de um adolescente, que falava com um forte tom afeminado. Os rapazes davam gargalhadas, de modo que o professor se aproximou para ouvir. Porém, não havia nada de divertido na fala, riam simplesmente dos trejeitos de quem falava. Disse-lhes, então: “isso que vocês estão fazendo é um desrespeito com essa pessoa. Desculpem-me, mas não acho a menor graça”. Um deles tentou consertar: “eu não tenho preconceito. Acho que se a pessoa quer ser homossexual é um problema dela, e não há nada de errado nisso”. E, sem pensar no que dizia, depois completou: “Mas acho muito engraçado o jeito que eles falam”.O que disse esse jovem deve ser meditado um pouco mais a fundo. Será que o simples fato de se divertir do jeito diferente do outro não é uma forma cruel de preconceito? Por outro lado, ter um conceito negativo ou positivo sobre algo implica necessariamente ter preconceito com quem é ou pensa de forma diversa? Mais explicitamente, ter a convicção de que o homossexualismo não é algo intrinsecamente bom significa, inexoravelmente, ter preconceito contra o homossexual?O Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno (Rio de Janeiro: Fename, 1982), dá uma definição interessante de preconceito: “conceito antecipado e sem fundamento razoável; opinião formada sem reflexão (...)”.Taxar de engraçado o jeito de falar, ou mesmo debochar da pessoa pelas costas denotam uma falta de consideração, uma opinião pejorativa sem qualquer fundamento. É, portanto, um preconceito.Por outro lado, é possível que se tenha uma convicção muito bem ponderada e refletida sobre o homossexualismo, sem que isso possa ser tido como preconceito. Pode ocorrer, por exemplo, que alguém tenha ponderado a fundo sobre o tema e, após uma criteriosa análise, concluiu que é da essência da união conjugal a diversidade dos sexos. Pode-se estar convicto de que é necessária a diferença para que homem e mulher se complementem exatamente naquilo que o outro não possui e, a partir disso, conclua que o homossexualismo é algo intrinsecamente contrário à natureza humana.Nesse caso, ao manifestar sua opinião não se pode dizer que tenha um preconceito contra o homossexual. Ao contrário, tem um conceito sobre o homossexualismo, com um fundamento razoável, fruto de criteriosa reflexão. E essa opinião é digna de respeito, como também o é a opinião contrária.Ao se formar esse conceito, porém, não se autoriza qualquer atitude discriminatória, e tanto menos faltar com o respeito com quem faz tal opção ou simplesmente tenha opinião contrária. Tanto menos se justifica qualquer atitude discriminatória em relação ao homossexual.Certa vez, um palestrante, que possuía essa mesma opinião sobre o homossexualismo, foi interpelado por um ouvinte que disse: “eu penso mais ou menos como o senhor, mas tenho uma filha que é homossexual e vive com outra mulher. O que devo fazer?”. O palestrante fitou-lhe nos olhos e disse simplesmente: “Já disse tudo o que penso sobre o homossexualismo. E agora te digo que, se isso acontecesse comigo, essa filha seria a que mais teria o meu carinho. Por certo ela já sofre muito, principalmente pela discriminação. Não diria jamais a ela que a opção que fez é boa. Também não acredito que ela encontrará, por esse caminho, a sua plena realização enquanto pessoa. Mas a respeito e, como pai, a amaria sempre e incondicionalmente”.E depois concluiu: “não ter preconceito não significa chamar o erro de acerto ou o preto de branco. Nem muito menos transigir com a verdade em que se acredita. Significa tratar a todos com imenso respeito, fruto de um amor desinteressado, que não vê nos outros brancos, negros, pobres, ricos ou seja o lá o que for, mas simplesmente pessoas e, como tais, dignas de serem amadas e respeitadas sem qualquer condição, e sem esperar nada em troca”.
Fábio Henrique Prado de Toledo é juiz de Direito em Campinas

quarta-feira, 21 de abril de 2010

discípulos em formação.

"Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim." João 14: 6

A igreja é uma comunidade que se reúne para adorar o nosso Deus e Pai num culto público geralmente apenas algumas horas durante uma semana inteira. Mas o propósito de uma igreja é também a "...edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus..." Efésios 4: 12 e 13. Portanto, ainda estamos em meio ao Caminho que o próprio Jesus é o autor e Ele mesmo trilhou esse Caminho sendo conhecido como tal. Nesse interim, alguns se dizem desiludidos com a igreja porque é composta por pessoas e pessoas falham. É a mais pura verdade. Mas também não podemos deixar de ressaltar que falhar é algo humano. Não divino. Não podemos atribuir a Deus as nossas falhas. Nem aos outros. Quando preferimos não estar na igreja, estamos fazendo uma escolha que nos afetará eternamente. A falha dos outros hoje não pode e nem deve ser a minha desculpa para não assumir um compromisso com Deus. Se nos julgamos capazes de ser melhores que aqueles que apontamos falhas, podemos ser um instrumento nas mãos de Deus para ajudarmos os que falham. Pense nisso: Se eu fizesse parte dessa igreja, ajudaria aquela pessoa a não falhar mais naquela área. Essa é a proposta de se fazer parte de uma comunidade, ser um que aprende com o Mestre e é usado por Ele para ajudar os outros. Estamos todos em formação.